Nem tava planejada uma edição d’A Paulada Diária nessa segundona braba, mas a TSAR BOMBA lançada pelo excelentíssimo Fachin lá pelas QUADATARDE me obrigou a escrever alguma coisa aqui, embora eu também esteja na situação de
com o que, na prática, é a restituição dos direitos políticos de LUÍS INÁCIO e sua entrada definitiva no jogo para 2022 (claro que ele sempre esteve no jogo, mas agora joga SOLTO E RELAXADO). Pode até ser que ele pense que ganha mais ficando na boa e curtindo os anos de MELHOR IDADE com a Janja, mas todo mundo que conhece minimamente o homem sabe que a tentação de concluir epicamente seu ARCO DO HERÓI - derrotando o Anticristo que destruiu o país e promove um genocídio por meio da COVID e voltando NOS BRAÇOS DO POVO para salvar o Brasil - é irresistível.
Se for medir pelas reações à soltura, entre quem ama e quem odeia, ele já tá eleito e vai ficar pequeno pro Bozo (e eu ainda acho que o Bozo não chega ao fim do mandato, mas enfim). Quanto mais o tempo passa, brasileiros morrem sem vacina e sem auxílio pra ficar em casa e frear o coronga, e a economia vai pro caralho, menos será possível culpar a “herança maldita” dos governos petistas e mais o povo vai se lembrar com saudades que a vida era BEM MELHOR ali na primeira década do século 21. As últimas pesquisas de intenção de voto pra 2022 mostram isso. Ou seja, se ainda houver democracia, Lyla sobe a rampa em 01/01/2023, exatamente 20 anos após a primeira vez. Por mim, podia fazer amanhã e ele assumia depois de amanhã e dava um jeito nas vacinas, no coronga, no desmonte e ainda faz a seleção trazer o hexa em 2022.
Mas claro que nada vai ser tão fácil. Estamos ESCALDADOS de tanta porrada que tomamos desde 2016 (ou 2015, ou 2013), e a degradação institucional que testemunhamos desde então vai ser difícil de desfazer. Mas meu FARO indica que houve uma nova edição do bom e velho GRANDE ACORDO NACIONAL desta vez reconhecendo que o Lula é o único que consegue desatar esse nó. O velho conciliador vai tentar seu último truque, trazendo mercado, centrão, STF, a turma toda, para um pacto que nos livre da tragédia Bozística milico lava-jatista e traga algum caminho de futuro que não seja a destruição.
Como estamos escaldados, muita gente não consegue se dar mais ao luxo de relaxar e comemorar vitórias, e a de hoje foi sim uma vitória “nossa” - não só dos petistas, mas de todos que ainda acreditam numa saída democrática para essa hecatombe. E tem que comemorar sim. Tem que voltar a ter tesão pra ir em frente. Semana passada eu estava muito mal, sem esperança, sem conseguir ver um caminho, achando que vamos nos arrastar até 2022 sem adversário pro Bozo enquanto ele nos mata a conta gotas, mas hoje veio um sopro de esperança. Esperança realista. Sabemos que o povo vale muito pouco e o que resolve são os acordos do andar de cima, discutidos a portas fechadas. A esperança é que a elite que manda nisso aqui desde sempre tenha percebido que a destruição do Bozo ameaça até o que eles têm - e eles têm um país, e não é um país qualquer, é um país grande. A dissolução da Federação, por exemplo, é uma ameaça real com Bozo, como é a de uma guerra civil, uma “venezuelização” e uma designação como “failed state”. Nossa elite suportaria isso? O que ela ganharia?
O MERCADO deu seu showzinho no fim do pregão, e o comentarismo econômico já se arrepiou com o “risco Lula”, mas a real é que o dólar já tava subindo e a bolsa caindo desde o começo do ano, e não é por causa do Lula, é por causa do Bozo mesmo. Há quase 20 anos, Luís Inácio firmou seu pacto com esse mesmo mercado, o dólar e o risco país subiram antes da eleição e ficou tudo bem depois. Agora vai ficar tudo bem também. Esse '“tudo bem” tá longe de ser o que eu consideraria ideal, mas para o país, para os mais pobres, que estão morrendo de COVID e e fome, comparado com a opção que temos hoje, tá bom até demais.
Por ora, VAMOS ACOMPANHAR e quem sabe na próxima tento aprofundar um pouco o que penso disso tudo.